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PSICODIAGNÓSTICO

 

            O psicodiagnóstico é um estudo profundo da personalidade, que serve de base para tomadas de decisões e  conclusões de perícias em  áreas, como jurídica, escolar, organizacional.

              Avaliação psicológica é feita com o propósito clínico e, portanto, não abrange todos os modelos de avaliação psicológica de diferenças individuais (JUREMA,2000).

                       Para conceitualizar personalidade, partindo do princípio da psicanálise, entendemos que ela possui um aspecto consciente e outro inconsciente, que tem uma dinâmica interna e que mobiliza defesas primitivas ou mais evoluída e que cada indivíduo possui uma configuração de personalidade única e inconfundível. Que tem um nível de inteligência  que pode manifestar-se ou não dependendo da interferência emocional, mas que há sentimentos que estão entrelaçados com todo o resto da personalidade, e que o indivíduo pode controlar adequadamente ou não, que  as qualidades  como neurótica ou psicótica que predominarem como base da personalidade, podem ser razoáveis ou sofrer uma aumento de podem gerar um conflito que atrapalha ou altera o desenvolvimento do indivíduo. Que as defesas que são uadas ao longo da vida podem ou não serem benéficas.

                       Temos que levar em consideração que o indivíduo não é apenas formado pela genética, que ele é biopsicossocial, portanto deve-se levar em consideração, a genética, o fator psicológico e o ambiente onde ele está inserido.

             O psicodiagnóstico derivou da psicologia clínica, foi introduzido por Lighter Witmer, em 1896, criado sobre a tradição da psicologia acadêmica e da tradição médica. No final do séc. XIX e começo séc. XX, foram diferenciados para a psicologia pelos trabalhos  de Galton que introduziu os estudos das diferenças individuais,, Castell, que fez os primeiros testes mentais e Binet, que propôs a utilização de exames psicológicos para auxiliar a avaliação pedagógica. Sendo assim atribuido a esses três  a paternidade do psicodiagnóstico.

             Com a difusão da psicanálise, busca nela a sua identidade: transferindo a dinâmica do processo psicanalítico para o  processo do psicodiagnóstico => aproxima mais do cliente, mas supervaloriza a técnica da entrevista, deixando os testes para 2º plano e gastando tempo prolongado.

                             O processo psicodiagnóstico tem características específicas, com  tempo limitado para entrevista e aplicação de técnicas e testes que facilitem o diagnóstico, que é feito embasado num modelo teórico específico. O psicodiagnóstico é diferente de um diagnóstico psicológico pois envolve um estudo mais profundo da personalidade e a utilização de técnicas e testes psicológicos => esclarece-se o motivo manifesto e intui-se o latente.

 Finalidades do Psicodiagnóstico

 1.O diagnóstico que envolve entrevistas e permite extrair

2.conclusões para prever o vínculo terapêutico.

3.Avaliação do tratamento, que é o andamento do tratamento (re-testes), observando os avanços, impasses ou prevendo altas.

4.Como meio de comunicação: favorece a tomada de insight, contribuindo para que aquele que consulta adquira a consciência de seu sofrimento para aceitar cooperar na consulta, ou perca certas inibições, possibilitando um comportamento natural.

Na investigação: para criar novos instrumentos de exploração da personalidade, planejar a investigação para o estudo de uma determinada patologia, algum problema trabalhista, educacional ou forense.

 

Prognóstico

Direcionamento ou Encaminhamento Terapêutico

Da solicitação da consulta ao 1º encontro

Entrevista Inicial => Enquadramento

Planejamento dos instrumentos diagnósticos

Aplicação das técnicas => sem rigidez

Estudo do material colhido => correlacionar os diferentes instrumentos utilizados entre si e com a história de vida do indivíduo e da família => buscar convergências e recorrências dentro do material.

Devolução Oral: cuidado com a onipotência do psicólogo e com a ansiedade dos integrantes do processo, dando espaço para o cliente e para suas reações.

Informe escrito, caso seja solicitado.

 Enquadramento

Varia de conforme profissional, suas características pessoais e também conforme características do consultante => adapta-se a cada caso => não deve ser feito sobre as bases dos aspectos infantis do terapeuta e cliente

2- Esclarece papéis, objetivos e limites

3- Lugar e horário, freqüência dos encontros e duração do processo

4- Honorários

-                    Tempo de duração do psicodiagnóstico: não deve ser muito longo que pode representar insegurança do psicólogo, mas também não pode ser muito muito, que pode transparecer como um psicólogo onipotente.

 Métodos do diagnóstico psicológico

 Manfred Amelang e Lothar Schmidt-Atzert apresentam a seguinte classificação dos métodos psicodiagnósticos:

Testes de desempenho, testes de  atenção e concentração,  inteligência, testes para habilidades específicas, testes de desenvolvimento, testes escolares, questionários de personalidade,  métodos projetivos, observação comportamental, entrevista diagnóstica, diagnóstico em grupos (diagnóstico de interações), temos ainda Técnicas projetivas (gráficas e verbais),  Observações e Interações Lúdicas.